quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O sobreiro é a Árvore Nacional de Portugal



Hoje, dia 22 de dezembro, pelas 12 horas e 36 minutos, o Parlamento português aprovou, por unanimidade, o Projeto de Resolução que institui o sobreiro como a Árvore Nacional de Portugal.

Neste momento histórico, as Associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza gostariam de agradecer a todos os que divulgaram e apoiaram a nossa iniciativa e, em particular, aos que assinaram a petição por nós criada. Gostaríamos de sublinhar a preciosa ajuda da Rota da Cortiça, na pessoa da Dr.ª Sofia Carrusca, incansável no empenho a esta causa.

De igual modo, um agradecimento à autarquia de Coruche, na pessoa da Dr.ª Susana Cruz, pelo convite que nos permitiu estarmos presente na última edição da FICOR, na qual recolhemos um número significativo de assinaturas e de outro tipo de apoios.

Por último, mas não menos importante, um especial agradecimento ao Sr. deputado Miguel Freitas, por todas as diligências que efetuou, junto dos seus colegas deputados, através das quais se conseguiu que, por unanimidade, o Parlamento aprovasse, no dia de hoje, o Projeto de Resolução n.º 123/XII/1.ª, que institui  o sobreiro como um símbolo nacional.

É uma decisão que dedicamos a todos os que, ao longo da história, devotaram a sua vida à investigação e à defesa desta espécie, caso do engenheiro Joaquim Vieira Natividade, mas também a todos os milhares de portugueses que trabalharam, e trabalham, no setor corticeiro, desde os empregados fabris aos tiradores de cortiça.

É um dia histórico para Portugal ou, como tão bem disse hoje, no Parlamento, o deputado Miguel Freitas: "A partir de agora, sempre que se abaterem sobreiros, não se abate apenas uma espécie protegida, abate-se um símbolo da nação."

Pegando nestas palavras, as Associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza relembram que o dia de hoje é um ponto de partida e não um ponto de chegada. Muito há ainda a fazer na defesa desta espécie. Como sempre, estamos inteiramente disponíveis para continuar a lutar, com aqueles que a nós se quiserem juntar, na defesa das causas relacionadas com o sobreiro e os seus povoamentos.

Hoje é o primeiro dia do resto da vida dos sobreiros e dos sobreirais...


Viva o sobreiro!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Em São Bento, pelo sobreiro

Miguel Rodrigues e Pedro Teixeira Santos, em nome da Associação Transumância e Natureza e da Árvores de Portugal, estiveram hoje presentes, na Assembleia da República, para serem ouvidos, perante a Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, no âmbito da petição que visa consagrar o sobreiro como a Árvore Nacional de Portugal.

Saímos do parlamento com a convicção que, até ao final do ano, tal desígnio será alcançado com a concordância de todos os grupos parlamentares.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

À beira de se fazer história?


A petição em defesa do reconhecimento do sobreiro como a árvore nacional de Portugal, enviada recentemente à Assembleia da República, teve o efeito pretendido junto da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar.

Deste modo, foi entregue na Mesa da Assembleia da República, na passada sexta-feira, dia quatro, um projeto de resolução que visa fazer do sobreiro a árvore nacional de Portugal, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar. O documento entregue tem como primeiros subscritores todos os membros da Comissão de Agricultura e Mar: Miguel Freitas (PS), Pedro do Ó Ramos (PSD), Abel Batista (CDS), Agostinho Lopes (PCP), José Luís Ferreira (Partido Ecologista Os Verdes), Luís Fazenda (Bloco de Esquerda) e pelo presidente daquela comissão, Vasco Cunha. Este projeto baseia-se na citada petição, uma iniciativa da Associação Árvores de Portugal e da Associação Transumância e Natureza.

Este projeto de resolução deverá ser votado no início de dezembro, ainda no decorrer do Ano Internacional das Florestas, que se celebra até ao final do presente ano.

Estamos prestes a fazer história, a ver reconhecido simbolicamente o papel fulcral do sobreiro na vida do nosso país. Esperemos, com impaciência, mas também com redobrada esperença, a votação, no parlamento, deste projeto de resolução.

Fonte da informação: DiáriOnline/Região Sul

sábado, 29 de outubro de 2011

Petição endereçada à Assembleia da República

Na expectativa de ver cumprida, ainda na vigência do Ano Internacional das Florestas, a nossa pretensão de classificar o sobreiro como a árvore nacional de Portugal, decidimos endereçar a nossa petição a Sua Excelência, a Senhora Presidente da Assembleia da República.

Foram enviadas perto de 2 500 assinaturas, recolhidas no formato eletrónico e em papel, acompanhadas pela seguinte missiva:


Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República,

Ao abrigo do disposto na Lei nº 43/90, de 10 de agosto, alterada pela Lei nº 6/93, de 1 de março, pela Lei nº 15/2003, de 4 de junho e pela Lei n.º 45/07 de 24 de agosto, que estabelece o regime do exercício do direito de petição, Pedro Nuno Teixeira Santos, portador do documento de identificação com o número 10 081 573, em nome das associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza, vem entregar a Vossa Excelência, a petição que visa consagrar o sobreiro como a Árvores Nacional de Portugal.
Para fundamentar esta pretensão, encontram-se, entre outros, os seguintes motivos:
- Por ser uma espécie com ampla distribuição no território nacional continental, presente desde o Minho ao Algarve, em diferentes ecossistemas naturais. O sobreiro ocupa em Portugal perto de 737 000 hectares (dados do Inventário Florestal Nacional de 2006, não incluindo alguns povoamentos jovens), o que corresponde a cerca de 32% da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo ocidental.
- Pela enorme biodiversidade associada aos habitats dominados pelo sobreiro, incluindo espécies em sério risco de extinção e com elevado estatuto de conservação, consideradas prioritárias a nível nacional e internacional.
- Pelo facto dos montados serem um excelente exemplo, de como um sistema agrossilvo-pastoril tradicional pode ser sustentável, preservando os solos e, desse modo, contribuindo para evitar a desertificação e consequente despovoamento/desordenamento do território.
- Pela crescente relevância que os bosques de sobreiro e os montados, incluindo a biodiversidade associada, estão a conquistar junto de novos setores, como o setor do turismo, traduzindo-se numa mais-valia para as populações locais e para a economia nacional. Sublinhe-se que, na atualidade, existem entidades ligadas a este setor de atividade, que pretendem candidatar o montado a Património da Humanidade, com base no reconhecimento de que se trata de um ecossistema único no mundo.
- Pela sua importância económica e social, resultante do facto de Portugal produzir cerca de 200 000 toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial), sendo este setor o único onde o nosso país possui uma posição de liderança a nível internacional, desde a matéria-prima até à comercialização, passando pela transformação. A perda desta liderança representaria um descalabro económico, social e ambiental sem paralelo para o nosso país.
Esta petição, promovida pelas anteriormente mencionadas associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza, recolheu mais de duas mil assinaturas e o apoio declarado de diversas estruturas associativas, do setor florestal à defesa do meio ambiente, representativas de amplos setores da sociedade portuguesa.
Reflexo do referido anteriormente e da relevância que a mesma alcançou, a presente petição foi objeto de diversos artigos nos principais órgãos de comunicação social escrita do nosso país, incluindo uma menção na página oficial na Internet do Comité Português para o Ano Internacional das Florestas, iniciativa do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território e do Comité Nacional da Unesco.
Deste modo, no ano em que se celebra a importância das florestas, através das iniciativas enquadradas no Ano Internacional das Florestas, acreditamos que a Assembleia da República se associará a esta causa, através de um projeto de resolução que confirme os objetivos da presente petição.
Assim sendo, estamos certos que a presente petição merecerá de Vossa Excelência a maior consideração.
Com os mais respeitosos cumprimentos,
Silves, 26 de Outubro de 2011



Está nas mãos dos representantes do povo português o destino deste movimento da sociedade civil que se gerou em torno da defesa da importância do sobreiro, e da cortiça, para o nosso país.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O sobreiro da Corte Grande


Um dos maiores sobreiros do país! Imponente em todos os aspetos, este magnífico sobreiro (Quercus suber L.), situa-se no lugar da Corte Grande, no concelho de Monchique.

Para se ter uma ideia das suas dimensões, basta mencionar que o perímetro do tronco à altura do peito supera os seis metros e o maior diâmetro da copa ultrapassa os 35 metros.

Um monumento natural que, infelizmente, se encontra ameaçado por uma pedreira (descubra aqui).

terça-feira, 3 de maio de 2011

FICOR - Feira Internacional da Cortiça

Fonte da imagem: Câmara Municipal de Coruche

A convite da Câmara Municipal de Coruche, estaremos representados na edição deste ano da FICOR - Feira Internacional da Cortiça, no stand da Rota da Cortiça.

Agradecemos o amável convite da Câmara Municipal de Coruche, na pessoa da Dr.ª Susana Cruz, Coordenadora da Estratégia de Eficiência Colectiva PROVERE "O Montado de Sobro e a Cortiça".

De igual modo, agradecemos à Dr.ª Sofia Carrusca, da Rota da Cortiça, a disponibilização do espaço na feira.

sábado, 23 de abril de 2011

O sobreiro de Taião


Um exemplar notável de sobreiro, com uma copa bastante densa, um tronco que supera os quatro metros de perímetro à altura do peito e uma altura de quase 20 metros.

A este soberano minhoto não falta nada para ser uma árvore admirável. Falta -lhe apenas, mas isso não é culpa sua, estar reconhecido como árvore de interesse público. A associação Árvores de Portugal tudo tem feito para ver cumprido esse acto de justiça, mas não foi ainda possível obter o consentimento dos seus proprietários. Não vamos desistir, fica a promessa. Este sobreiro merece...

domingo, 17 de abril de 2011

O sobreiro de Paderne


Um dos maiores sobreiros da região minhota, localizado junto ao Parque Termal do Peso, na freguesia de Paderne, concelho de Melgaço.

Este sobreiro centenário, de proporções gigantescas, com os seus quase 23 metros, está classificado desde 1940 e terá sido das primeiras árvores a ser classificadas após a aprovação do Decreto-Lei n.º 28468, dois anos antes, em 1938.

sábado, 26 de março de 2011

O sobreiro

O Sobreiro - Pintura do Rei D. Carlos (1905)

APELO AOS CIDADÃOS, do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

Já assinei a Petição Pública “Sobreiro – Árvore Nacional de Portugal”, numa iniciativa das Associações Transumância e Natureza e Árvores de Portugal.
Num País de grande riqueza e diversidade florestal, e sem desprimor para outras espécies que assumem papel relevante na floresta portuguesa, existe um largo consenso nacional de que é o Sobreiro (Quercus suber L.), pela sua ampla distribuição geográfica e pela sua importância económica, social, ambiental, paisagística, histórica e cultural, a árvore que melhor poderá assumir o simbolismo de “Árvore Nacional de Portugal”.

Árvore de grande beleza, assumindo frequentemente grandes dimensões e longevidade, constitui povoamentos de grande valor paisagístico e ambiental - os montados - sistemas multifuncionais de elevadíssimo valor conservacionista e económico. Já Vieira Natividade afirmava “Nenhuma árvore dá tanto exigindo tão pouco”.
A sua importância histórica vem reflectida na antiquíssima legislação proteccionista. O sobreiro e a cortiça têm uma fortíssima presença no nosso imaginário, com expressão nas letras e nas artes, na pintura, na arquitectura, na azulejaria, no artesanato e, mais recentemente, também na moda e design.
Da diversidade de bens e serviços que o sobreiro gera, destaca-se a produção de cortiça, matéria-prima de características únicas e de extraordinárias propriedades tecnológicas, base de uma importante fileira industrial, estratégica para o país, e na qual somos líderes mundiais na produção, transformação e exportação.
Neste ano em que se celebram as florestas à escala mundial, convido a todos - técnicos e produtores florestais, ambientalistas, industriais corticeiros e cidadãos em geral – a aderirem a esta Petição e assim elevar o Sobreiro a “Árvore Nacional de Portugal”.

Rui Barreiro
Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

Fonte do texto (clicar aqui).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O sobreiro da aldeia de Cabeça


Situado em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, na freguesia de Cabeça, concelho de Seia, este sobreiro (Quercus suber L.) não tem tido uma vida nada fácil, tendo já ardido por duas vezes.

Em consequência, apresenta feridas evidentes da passagem das chamas, nomeadamente na base do tronco. Por este motivo, e dado o seu estado vegetativo actual, não sabemos qual seria a receptividade da Autoridade Florestal Nacional para o classificar como árvore de interesse público.

A sua localização impediu-nos de obter um valor exacto para a altura. No entanto, a mesma deverá estar situada entre os 19 e os 23 metros, o que faz dele, provavelmente, o mais alto sobreiro conhecido nas Beiras. O valor do perímetro do tronco à altura do peito (PAP), próximo dos 5 metros, confirma a sua monumentalidade, a qual merecia melhor sorte.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O sobreiro de Aldeia Nova do Cabo


Localizado na freguesia de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, este sobreiro (Quercus suber L.) supera os 20 metros de altura, sendo um dos mais altos que conhecemos na Beira Interior. A altura a que se situam os primeiros ramos acentua, visualmente, o seu gigantismo.

Não possui uma copa muito densa, mas o perímetro do tronco supera os 4 metros e meio. Um belo sobreiro beirão que, esperamos, possa viver muitos mais anos, quem sabe com o título de árvore de interesse público.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O sobreiro de Santa Tecla (Braga)


O sobreiro (Quercus suber L.) da imagem situa-se dentro do perímetro urbano da cidade de Braga, na zona de Santa Tecla (freguesia de S. Victor).

É um espécime de grande beleza, que tem sobrevivido imune a podas agressivas. A sua localização, dentro de um núcleo urbano, aumenta a necessidade de o proteger de todas as agressões que as árvores sofrem nas cidades.

Adenda: Este sobreiro foi classificado como árvore de interesse público a 5 de Julho de 2011.